Que me digam o que fazer
Que me peçam para errar
Que me mandem calar
Porque a vida é por demais louca
E quero vive-la solta, como um bicho nu.
Quero nascer de novo
Quero incomodar com o novo que vive no velho
Despertar o que é eterno
Vivendo da caça neste planeta a cada dia sem alma
Não quero me poluir
Quero que minha inocência cresça, mas não amadureça.
Que o pensar não me pare
Que a razão não me cale
Que o outro seja o todo para mim
Que o todo seja a continuação do fim.
Andarei como uma preguiça, devagar, mas muito viva.
Serei ainda um pássaro solto e bem agitado.
O vento eu serei.
Serei real e imperceptível.
Indispensável, solene e sombrio.
Serei tu em dias
Outro por anos
Eu, em instantes e por engano.
por Brenda Oliveira.