quinta-feira, 19 de setembro de 2013

Sentimentos

A calma, geralmente não acalma.
A dor nem sempre é dolorida.
O choro pode ser de alegria.
O sorriso pode ser de desespero.
Ter vida, não significa estar vivo.
Morrer não me parece o fim.
Um fim pode ser um belo começo...


por Brenda Oliveira.

domingo, 8 de setembro de 2013

Lembranças: uma vida!


Acabou de acabar o tempo,
A insônia,
O medo,
Tudo o que tenho.
Só o que sobrou foram tristezas,
Covardia e solidão.

Empenho-me muito para ser o que não sou,
Mas sempre fracasso.
Ó vida.
Ó palavra maldita,
Que dói antes mesmo de ser pronunciada,
Antes de ser provada.

Todo dia uma esperança,
De ter no meu vazio
Uma felicidade concreta,
Lapidada que jamais se quebre
Ó fraqueza.
Ó angustia perseguidora.

No quintal...
O vento
A lembrança
O sorriso, em preto e branco,
Uma vida perdida, esquecida.
Um foto 3x4 que nem lembras mais
Um destino que não prosseguiu.

por Brenda Oliveira.

sábado, 7 de setembro de 2013

Sonhos... meu e teu!

(Protocolo de aula do curso: Teatro-licenciatura, da disciplina: Prática de Criação dramática, prof: Gisele Vasconcelos- UFMA)

“Tudo é importante...
Criar é inevitável... mas...
Sonhar é indispensável”. (Brenda Oliveira)




Percebemos que o combustível que nos movimenta em nossas vidas: são os nossos sonhos. Tudo o que queremos é viver de nossas fantasias, realizar um provável impossível, em nosso dia-a-dia.

“A atividade de ler e de processar a leitura, de se apropriar dela e de manipulá-la e transformá-la, a partir de novos objetos ou contextos, de reagir a ela em um meio que não o dos textos impressos me parece ser, de fato, um tópico fundamental para a compreensão não só da dimensão cênica, mas também do âmbito dramatúrgico-literário de parte considerável do teatro contemporâneo”. (COSTA, 2009, p. 33-34).

É com essa visão contemporânea: de apropriar-se de textos que não se resumem em letras, escritos, é que buscamos um olhar mais profundo, sobre o que vem a ser um processo de criação tão intimo, iniciado neste trabalho objetivando conhecer os sonhos de cada colega de classe. Pois:

“Não é só de palavras que vive a escrita. Ela também envolve o suporte, a tinta, a caligrafia etc. A escrita como inscrição diz respeito também a traços, linhas e pontos. Ela é também desenho e imagem visual”. (COSTA, 2009, p. 73).

Tendo este conceito de que através de qualquer objeto podemos construir, criar, que através dessa conversa pudemos perceber a existência de sonhos motivadores, perturbadores, conscientes ou não. Muitos de nós sonhamos acordados, ou até mesmo, insistimos em dizer que não sonhamos e que não queremos sonhar.
Percebemos que existem várias crenças sobre sonhos como: “dormir de barriga ‘cheia’ gera em nós pesadelos”, “que só devemos contar sonhos ruins com portas abertas, para que ele vá embora”, entre outras superstições.
Todos esses depoimentos foram usados em uma futura dramaturgia.
Para iniciarmos o aquecimento ficamos de pé e em circulo sussurramos, cantamos, falamos com raiva e/ou alegria, trechos, ou a frase toda:” Sonho que se sonha só”, esta frase pode parecer egoísta, mas todo sonho é egoísta, ele é só meu ou só seu, originado do meu ou do seu subconsciente.
A professora Gisele trouxe para experimentarmos textos, ou melhor, memórias de sonhos, encontradas no livro de Eduardo Galeano: “O livro dos sonhos”.
Quantas formas de sonhar, quantos sonhos são apresentados neste livro, por isso tiramos dele alguns textos que nos auxiliaram no processo criativo. A cada duas pessoas um texto diferente. Depois de lermos o texto, ficamos de pé, e saímos pela sala falando um para o outro aquilo que lembrávamos de nossas leituras, depois começamos a dificultar nossa narração- natural, colocando memórias nossas na história contada nos textos sem tirar a essência de sua origem.
Chegamos ao grande momento onde experimentamos teatralmente toda a nossa criação e narração-natural. Após cada apresentação observávamos claramente cada história que haviam sido contadas anteriormente, através da contagem entre os alunos na sala.
Terminamos a aula escrevendo um texto que relatasse algo que tivesse sido dito por nós mesmo ou por todos da sala, privilegiando os sonhos.
Daqui pudemos retirar através de relatos, depoimentos, todo o material para o nosso processo, pois é possível e é interessante a utilização de qualquer meio, qualquer gesto, para uma bela criação:

“[...] por meios visuais e verbais, a livros e bibliografias há de ser tomada ainda em associação auto reflexiva com um aspecto específico, qual seja a prática de uma dramaturgia de leitura que se faz fundamentalmente como livre manipulação de arquivos, de acervos e de bibliotecas por dramaturgos-leitores ou dramaturgos-pesquisadores”.( COSTA, 2009, p. 44).


Mediante tantas informações e relatos pessoais começamos o nosso (referindo-me a equipe 3: Brenda Oliveira, Marcelo Lopes, Tiago Andrade, Ligia d’Cruz, Necylia Monteiro e Marcia) processo criativo, onde partimos de nossas memórias emotivas, do desejo pessoal de viver em um sonho, viver de nossos sonhos. Juntos, sentamos e fizemos um roteiro de tudo aquilo que iriamos fazer, cada cena. Trabalhamos em cima de uma música feita por mim, durante o processo criativo.
Trabalhamos com a temática circense logo, pois sentimos que a fantasia e os sonhos, em muitos momentos, são concretizados pelas crianças e adultos também, por que não?! , através do circo, na magia e no encanto circense.
Tentamos transpor através da cena final todos os relatos pessoais dos colegas de turma, as ideias de sonhos: bons e ruins. Tudo que é fantasia. A nossa própria realidade se faz fantasia, quando vivemos a realização do sonho em nosso dia-a-dia.
 
http://youtu.be/kkYxvLRftk4
                           
Música: Sonhei  (todos os direitos reservados)
Composição: Brenda Oliveira

Arranjo: Melennie Caroline


 por Brenda Oliveira.


domingo, 1 de setembro de 2013

Mas...Pense.

Não deixe pra depois
Não queira amar só o amanhã
Não sinta a dor depois
Não grite mais tarde
Não diga quem és só no futuro
Não viva um talvez

Mas... Pense...
Que muita coisa pode ser deixada pra depois
Que a dor que se sente agora, essa sim, realmente, não pode ser adiada
Que o grito não passa de uma voz alterada e que pode estragar uma tentativa de diálogo
Que você não é VOCÊ só amanhã, mas a cada segundo tendo que afirmar a vida em si
Vida que deve ser vivida logo, tuda de uma vez, pois o agora não poderá chegar, ele já está.


  por Brenda Oliveira.