domingo, 28 de maio de 2017

Ninguém seria a melhor opção

Com a licença da minha gente, com o perdão da palavra, mas é tanta cagada nesse meu Brasil, que o que mais ressoa, grita e se flagela dentro de mim, é aquele mais lindo, porém duro apelo, cantado por todos nós ao declamar o nosso amor à Pátria através do nosso hino. Parece-me uma premonição perpétua do país que será assim pra sempre, será? “Paz no futuro e glória no passado”. Eita, ironia da peste, estou começando a achar que infelizmente as glórias serão sempre apenas lembranças enquanto sonhamos com uma paz que parece nunca chegar.
Percebo que estou escutando ultimamente muitas pessoas mandarem tantas outras pra #Fora... É tanto ser humano que cagou e se esqueceu de limpar a merda, que tô achando que não vai sobrar ninguém por aqui. É... Acho que voltaremos a ser a “Índia” perdida, só espero que na próxima encarnação não sejamos a principal opção de local para castigo dos ladrões, assassinos, estupradores que eram mandados pra esta terra encantada, porém desde o início, amaldiçoada... ops... Com o perdão da palavra.
Não consigo ver quem poderíamos convidar para entrar, em quem poderíamos confiar, tendo em vista a loucura em que nos encontramos, talvez estarmos loucos e mandarmos o mundo ir se lascar, seja a melhor opção...ou não...precisamos tentar continuar?, Precisamos fazer uma limpezinha nesse banheiro Nacional que só sabe cagar. Vai ver está faltando água lá também, né Ceará?! É tanta secura por dinheiro, que já não sei o que pensar sobre os discursos hipócritas, loucos pelo encontro com o poder, loucos para ver-nos sofrer e morrer de trabalhar, apenas observando a vida passar.
Viver? Peço perdão pela palavra, tô começando a acreditar que ela não pertence mais a nós os brasileiros, ditos mortais, ela já tem seus donos que foram vendidos para terem poder, comprados pela corrupção.  “Verás que um filho teu não foge à luta”? Hum.... Pareceu-me um tanto irônica essa frase. “Não sei”... “Não conheço”... “Nunca vi”. Onde estão estes teus filhos “Óh Pátria Amada”? Onde e quando foi rasgada a faixa e apagada a frase de “ordem e progresso” da nossa bandeira e com isso, infelizmente, esquecida na conduta de tantos? Acredito que precisamos também abrir outro inquérito para apurar essa situação.
Até agora... NINGUÉM é a melhor opção, mas até quando?


por Brenda Oliveira.

quarta-feira, 10 de maio de 2017

E assim findou-se

Assim como o vento que ligeiramente atravessa as folhas e as possibilita a graciosidade do movimento e, logo em seguida se vai, posso então dizer que sim, se foi... Acabou... Terminou. A vida é cheia de recordações e momentos efêmeros que nos enchem de maturidade e luz. Assim, então correu como na mesma noite encantada do encontro, quando os Santos se juntaram e resolveram fazer um belo complô. Agora... Acabou.
No mesmo som das matracas e pandeirões, na mesma emoção dos bailados, a soltura se fez e as almas brilhantes, entoando cantos de amor, seguiram seus rumos distintos mesmo tão próximos do que achavam que era... Óh! Dulcíssimas almas que bailam e se vão a cada dia. O que sinto é alegria de vê-las ir e sorrir e cantar, sem dor, sem compromisso, sem nada que possa impedi-las de sonhar, nada que possa impedir que como uma cachoeira, ambas possam saciar a sede de toda a gente que encontrar.
É. A arte de sentir é mais complexa, por exemplo, que o ciclo do mar, pois mesmo gigantesco o sentimos sem dor. Ele é apenas um abraço sonoro, um beijo de ar e uma saudade/medo de ser engolido por tamanho amor. A vida não me deixa descansar, ela me faz gritar e mesmo na dor... Continuar, pois existem dias que serão apenas sofrimento e outros gemidos de prazer. Precisamos apenas ser. Vivendo em nossos mundos e escondidos de nós mesmos, para que o ladrão não nos roube e nos engane dizendo que era amor.
E se o mar não estiver mais tão calmo?! E se um rio ousar invadir a sua paz?! Acalme-se e perceberás que essa junção é maravilhosa e que ela nunca esgotaria a tua paz, pelo contrario, te permitiria flutuar e desfrutar de sua correnteza, te fazendo sentir um pouco do medo de perder-te no mesmo ponto em que se encontram. Águas aparentemente iguais, porém com tantas histórias distintas e sabores exóticos provados por aí. Doce e salgado. Calmaria e furacão. Somos tudo isso e nada. Somos a promessa do perfeito que não encontramos em nós, porém encontraremos a sós. Um dia. A sós... não?!. Perfeitas imperfeições.
Estranha, essa minha visão do Ser.

                                                                                      por Brenda Oliveira