Foi com o objetivo de trazer para
o corpo a proposta de “expressão integral do sentimento interno”, que
trabalhamos em nosso primeiro encontro, da disciplina de Interpretação Teatral
I, ministrado pela profª Fernanda Areias.
A utilização das Máscaras neutras,
confeccionadas com folha de chamex e grampo, materiais bem simples e
acessíveis, se pensarmos nas dificuldades que poderemos encontrar em ambientes
de Instituições que não tenham recursos que viabilizem materiais de valores
maiores, devemos ser versáteis, educadores que não se estagnem frente a certas
dificuldades correntes na educação.
Abordamos a Máscara como ponto
inicial para entendermos o papel e evolução do ator em sua interpretação. Na
Grécia, como foi-nos reapresentado em sala, observamos seu papel importante no
inicio do teatro, pois esta era utilizada como um forte símbolo de participação
ritualística; por ela o espectador identificava com maior facilidade, obtendo
assim, melhor entendimento da personagem; a máscara como um símbolo de personificação.
Cada aluno após fazer a sua
máscara, entregou-se na proposta da professora de criar uma cena onde os
sentimentos estivessem, fortemente, expressos através do corpo, com movimentos
grandes e significativos. Muitos/todos nós de alguma forma encontramos certas
dificuldades, pois estamos acostumados apenas a trabalharmos a exposição de um
sentimento facialmente e esquecemos de trabalhar esse sentimento de uma forma
conjunta: face e corpo, a máscara nos ajudou a identificar este déficit e
faz-nos agora, continuamente, nos preocuparmos com/como fala o nosso corpo,
como ele interpreta.
As cenas elaboradas em duplas
foram apresentadas em silêncio, pois as palavras, naquele momento, não
interessavam:
“O trabalho sobre a
natureza humana, nessas situações silenciosas, permite encontrar os momentos em
que a palavra ainda não existe.” (LECOQ, Jacques. p.60)
Momentos que são
essenciais para o entendimento de uma cena, de um espetáculo, da intenção de
uma personagem. Eis o grande objetivo: falar através do corpo, o que as
palavras fariam inevitavelmente, mas trazendo para o físico, para o que é
palpável, fica mais intenso, alcança uma maior dimensão.
REFERÊNCIA
LECOQ, Jacques. Improvisação: o silêncio antes da palavra. In:________. O corpo poético: uma pedagogia da criação teatral. São Paulo: Edições SENACSP, 2010. Cap. 1, p.60- 91.
Registro de aula
referente ao dia 09.09.13
por Brenda Oliveira.
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