sexta-feira, 12 de abril de 2013

REZA

O que parece tão pequeno
É o que é tão belo e forte como uma oração.
Passos e passos pelas ruas, uma naturalidade coreografada, mas não vês.
A caminhada é tão longa quando sós estamos
Mas ela pode parecer bem rápida se pararmos para ver a vida e nada vermos ao mesmo tempo pela janela de um ônibus.
O que vejo não são casas e pessoas, cachorros e gatos, telhas e...
Eu consigo enxergar a minha miserável vida, ou a minha doce ressureição.
Vejo meu filme rodando em câmera lenta ou em flashes na minha visão.
Uma vida que nem sei se é minha.

Em uma oração sim, consigo me desvendar... Te acompanhar.
Sou, em muitas vezes, deixando de ser quem eu realmente sou.
É a ironia que buscamos.
Vivo no mundo que não consigo deixar a minha parcela de entusiasmo.
Isso é desfeito, censurado por um mundo que quer viver do que não é eterno,
Do que é cheio demais,
Mesmo sendo vazio e nulo em essência.

Vejo.
Vejo a água correr, por um buraco no fundo do meu quintal.
A poesia?
Está lá, sendo afogada.
A vida se afoga em cada lágrima que derramo.
São de felicidade também, mas sei que corremos para o fim.
Eu quero viver.
E vivendo vou, vou, voando talvez... é a alegria de chegar ao fim.

por Brenda Oliveira.