Ator/material

Discutimos sobre o processo criativo do ator, baseados no artigo da Liana Ferraz. Através deste texto pudemos perceber a importância de nos perguntarmos a cada processo, qual é o nosso estímulo? O que nos move para a construção do espetáculo, da minha cena, da personagem?:

 “Aristóteles aponta as causas para que algo exista: a causa material (do que é feito algo); a causa eficiente (o que fez); a causa formal (o que lhe dá forma) e a causa final (o que lhe deu a forma).” (p. 103)

Por isso é importante estarmos atentos aos elementos- materiais- que nos auxiliarão no processo criativo. O próprio texto é uma das bases fundamentais, já pensava assim Stanislavski, mas podemos partir também da imagem: fotos, vídeos que se relacionem com a personagem que se quer chegar. Estimular o objetivo da resposta final tem sua importância, pois é a partir do objetivo que selecionaremos vários materiais e assim observaremos o que há de mais e o que há de sobra, começando a olhar, a treinar o estímulo para escolher os principais materiais. Esse processo pode e também deve ser feito individualmente.
Desde o começo, quando temos uma ideia do que queremos abordar em um, por exemplo, espetáculo, é bom termos um direcionamento para não ficarmos sem rumo no decorrer do processo. O ator deve ter o caráter de investigador e a partir de suas inquietações buscar resoluções para sua cena, espetáculo, personagem.
O ator é o centro de tudo que se pode estar utilizando em cena, por isso o cenário, o figurino, a maquiagem, devem ser um prolongamento do ator e não algo a parte. O ator deve criar sobre o espaço proposto, deve usar o espaço. O ator em si, faz acontecer uma obra.


Referência

 FERRAZ, Liana. (Out 2012). O ator e o material criativo: possibilidades para transformação. Pitágoras 500. Campinas, vol. 3, 12, 103-114.

Registro referente a aula do dia 09.10.13
por Brenda Oliveira.

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