Como um
descanso
Eu canso.
Uma fortuna
a fluir.
Teu desejo
sem vir.
Um querer
audaz.
Toda magia
perdida, dissolvida em mãos tão vis.
Cabelos que
caem que se põem
Tudo se
entende
Tudo é
confuso
Sentir o
presente já é passado, logo seca
Um frio que me
cerca
Teu calor
que sufoca
Só vejo as
amarras, não vejo cordas
Um terror
fascinante
Tendo um
brilho improvável
Um olhar
vazio
Sempre num
suspiro perdido
Quando tudo
parece estar demais
Ele já não
se sente
Sua dor é
tão doente
Meus
sentidos falecidos
Agora mortos
percorrem o não destino
Não há
caminho
Eu sinto
Eu vivo
O que choro
é o que tu és
O que amo, é
ele todo
Mas do todo,
só vejo as partes
Só uma
sombra do que me parece ilusão
É prisão que
liberta
Solta, tua
doçura é furacão
Teu silêncio
um grito maldito
Um anjo em
ascensão
A minha
segurança na tua incerteza
Tua clareza
na escuridão
Sempre vejo,
nunca percebo
O que desejo
é ser por inteiro
Como tu
sabes ser
Sem perder,
só a ganhar
Pensando o
que és
Quando acho
que estás só
Acordo com
medo
Temo que
volte forte demais
E se esqueça
que um dia fui capaz
De te deixar
ir.
por Brenda Oliveira.