O inconstante me atrai?
O que é fixo... já não sei o que pensar.
Sentir e dizer, é fixar-se em algo, é me afastar de mim.
Dizer. Soltar. Apenas querer falar é o que me faz livre.
Não se sabe ao certo se ao dar propriedade para as palavras,
Elas realmente serão "próprias" e dignas da verdade,
Ou se serão figuradas, figurinhas, cartinhas,
Apenas mais uma jogada,
Muito bem pensada, sutilmente apostada.
Não se habituam meus sentimentos em um jogo, ou
Sem jogar não consigo sentir.
É um personagem fora dos quadrinhos.
A carta de um mágico propositalmente posta num baralho
Para me enganar, me dizer que foi tudo por um acaso.
Que foi apenas um caso.
Que eu não senti.
Os personagens fugiram de mim.
A minha história nem poderá ter fim.
Dei sentido próprio de mais? , ou
Figurei muito, o que era pra ser real?.
Tudo pensou. O cego não ouviu.
Eu falei. Desculpas saíram.
Eram reais, mas todos vestidos de mentiras. Nelson?
Muita aquarela para um quadro expressionista.
Muito movimento para um replay "global".
Uma ferida que jorrou palavras, letras, mentiras,
Verdades esquecidas. Sem tinta.
O papel que me destes era pouco e se acabou.
Um conto. Uma conta. Uma dívida que ele não pagou.
Foi da corda que caiu. Partiu.
Eu não consegui convencer.
Não fiz bem meu papel. Era pouco, ou
Eu que sobrei mesmo.
Falei? se não, mesmo assim fui fixa demais.
Inconstante? Bem pouco.
No fim... Eu nem me convenci.
Não acreditei em você.
Em mim. No que são dois.
No que é nada. Tudo é farsa.
Tudo nada... Só a vida que boia, que chora...
Que fala de mais.
por Brenda Oliveira.