Na manhã de segunda, de uma forma
bem descontraída e artesanal, iniciamos a aula fora da sala de aula, devido a
falta de queda de fases da luz em nossa Universidade, trabalhamos o
entendimento sobre as Unidades e Objetivos que devemos conseguir extrair do
texto dramatúrgico para pormos em cena.
Stanislavksi trabalha
numa linha muito sensível para descobrir os melhores caminhos para que a
interpretação seja autêntica, singela, mas que tome fortes proporções.
Atualmente no meio
‘artístico’, entre atores e atrizes, percebo a falta de emprenho, dedicação
para se entender o texto, a situação em que se passa as entrelinhas. Olhar as
entrelinhas é chegar ao cerne da problematização proposta, ou seja, a resolução
em cena será muito mais vívida e eficaz.
Nesta aula, através da
análise deste texto, pude perceber o quão importante é estarmos cientes do que
pede a nossa personagem, qual o objetivo dela, qual a sua inquietação, pois são
essas perguntas que fazem o ator compor um texto do texto.
É importante dividirmos
esse texto em unidades e irmos entendendo e questionando seus objetivos:
“A técnica da divisão é relativamente simples.
Vocês se perguntam: ‘Qual é o cerne da peça- a coisa sem a qual ela não pode
existir? Depois repassem os pontos principais, sem entrar em detalhes.” (p.
153)
Muitos atores tendem a
subdividirem exageradamente os textos, temos que ter atenção para não sairmos
do foco.
Quando a proposta esta
para ser levada para a prática, ação. Muitos atores se equivocam, pois pensam
apenas no resultado e não trabalham o percurso, a ação é levará a.
“Evitem fazer força atrás do resultado. Atuem
com sinceridade, plenitude e integridade de propósitos. [...] O objetivo é que
lhe dá confiança em seu direito de entrar em cena e lá permanecer”. (p.
154-153)
Os objetivos que formos
escolher tem que ser veradeiros para nós mesmo, pois se assim não for, não
passaremos verdade em cena, nem para o público nem para os demais atores em
cena:
“Outro ponto importante num objetivo é que
ele, além de ser crível, deve exercer atração sobre o ato, dar-lhe vontade de
executa-lo. Esse magnetismo é um desafio
à sua vontade criadora (grifo feito por mim).” (p. 157)
E nesse conceito de
dividirmos o texto, no nosso caso, uma cena de algum texto clássico, à maneira
que desenvolveu Stanislavski que buscamos fazer em sala de aula:
A cena que escolhi para
apresentar estas divisões foi:
Ato II-Cena IV
Circunstâncias dadas: História é na Dinamarca,
gabinete da rainha.
Personagem: Hamlet
Super objetivo: Vingar a morte do pai
Objetivo na cena: Fazer com que a Rainha
revele seu crime, convencê-la de sua maldade e descobrir com o rei coisas para
ele, sobre ele e convencer a rainha de que não está louco.
Unidades da cena: Matar o rei, fazê-la
conversar com o rei para descobrir coisas a seu respeito, mostrar que não esta
louco.
Sentimentos: Vingar, seduzir,
convencer.
Referência
STANISLAVSKI, Constantin. Unidades e Objetivos. In________Constantin Stanislavski. A preparação do ator. 16. Rio de Janeiro. Editora Civilização Brasileira. 2000, p.149-163.
Referência
STANISLAVSKI, Constantin. Unidades e Objetivos. In________Constantin Stanislavski. A preparação do ator. 16. Rio de Janeiro. Editora Civilização Brasileira. 2000, p.149-163.
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Registro referente à aula do dia 16.09.13
por Brenda Oliveira.
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